O conceito de imagem ganha diferentes acepções ao longo do tempo e nos chega através da história da Filosofia e das Artes Visuais.
No âmbito da Comunicação, interessa-nos manter, e entender os conceitos de imagem enquanto fenômeno fisiológico e imagem enquanto representação.
Etimologicamente, a palavra ou o termo “imagem” (não confundir com a ideia de imagem, objeto dos estudos filosóficos), tem como registro em cerca de 1225 a definição de “representação artificial que aparenta a uma pessoa ou coisa.” Para a lingua portuguesa o termo vem do francês image, antes imagene (sec. 11), do latim imaginen (do nominativo imago). Denota “cópia, estátua, picture, ideia, aparência,” que vem de imitari enquanto “copiar, imitar.”
O sentido de “reflexo no espelho” vem em cerca de 1315. No sentido de “imagem mental” o registro é de origem latina e aparece no inglês em cerca de 1374.
O sentido de “impressão pública” é atestado, em casos isolados, desde 1908, mas o uso corrente da palavra nesta acepção vem com o desenvolvimento da publicidade e relações públicas, em cerca de 1958.
Registra-se o termo imagismo como o nome dado ao movimento em poesia para referir-se à busca da clareza de expressão através do uso de imagens visuais precisas: hard light (“luz contrastada”), clear edges (“nitidez, contornos nítidos”), criado por Ezra Pound.
(fonte: Oxford Dictionary)
No uso comum, uma imagem ou picture é um artefato que reproduz a semelhança a um objeto, normalmente objeto físico ou pessoa. Imagens podem ser bidimensionais, como uma fotografia, ou tridimensionais, como uma estátua.
São tipicamente produzidas por aparelhos óticos, tais como câmeras, espelhos, lentes, telescópios, microscópios, computadores etc. e objetos e fenômenos naturais como o olho humano ou superfícies de água, por exemplo.
A palavra “imagem” é também usada no sentido amplo para referir-se a qualquer figura ou ilustração bidimensional, tal como um mapa, gráfico, ou pintura abstrata. Nesta acepção, imagens também podem ser geradas manualmente, tais como pinturas, desenhos, esculturas, pictogramas, ideogramas, produções eletrônicas ou a combinação entre elas, especialmente uma imagem eletrônica de feição fotográfica.
A imagem volátil é aquela que existe por um curto período de tempo. Tanto pode ser o reflexo de um objeto em superfície polida, a projeção do sol em um muro, uma câmera obscura (pinhole) ou uma cena que se configura no tubo de raio catódico (tela de TV). Podemos falar aqui também dos efêmeros, que, em Design, referem-se às produções para consumo rápido, tais como rótulos, embalagens, vinhetas, publicidades na mídia eletrônica etc.
Uma imagem fixada (congelada em um suporte qualquer), também chamada de hardcopy, é aquela gravada em objeto material, tal como papel ou tecido.A imagem mental refere-se à representação mental: algo que alguém lembra ou imagina.
O assunto de uma imagem não precisa ser real; pode ser um conceito abstrato, como um gráfico ou função, ou uma entidade ou ser imaginário.
SENTIDOS ESPECÍFICOS
(Os sentidos das palavras dependem do contexto: "Imagem", na Geometria óptica, relaciona-se à lente, que reproduz uma imagem dita real ou virtual.
Em outros contextos científicos e técnicos, “imagem” refere-se a um “sinal bidimensional,” como um fenômeno físico que pode ser modelado como uma função do domínio bidimensional. Cobre imagens analógicas e digitais.
Em computação gráfica e processamento digital de imagem, a palavra quase sempre refere-se à imagem digital ou, por extensão, a qualquer produção imagético gerada pelo computador.
Em Informática, “imagem” refere-se também a uma cópia exata (bit-by-bit) do conteúdo produzido por um periférico, tal como chip, semicondutor, CD-ROM, floppy, disco rígido etc.
Em Matemática, “imagem de uma função” consiste nos valores que resultam da referida função.
Em mercado de capitais, “imagem” é um coeficiente (“imagem acionária”) que liga o valor fundamental de uma ação ao preço de mercado.
Em religião, a imagem de culto refere-se a um ícone ou a um ídolo (pejorativo).
Em Psicologia social, “imagem” confunde-se com “representação.”
Em marketing, “imagem” quase sempre é usada para referir-se à percepção que os consumidores têm de uma marca (seus valores e benefícios) e é usada, em geral, como “imagem de marca.”
Image Comics refere-se à editora de quadrinhos.
Em Filosofia, "imagem" refere-se a um conceito ou ideia.
(Tirado da Wikipedia americana)
A ideia a partir da tradição oral filosófica
A ideia de "imagem" vem de imago do latim ou ícono do grego eikon. Das duas palavras se obtemos o conceito de representação e semelhança.
O conceito de imagem sofreu várias alterações ao longo da história:
Para Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) estava ligado às coisas materiais, tanto pela sensação como pela percepção.
Os Estóicos (sec. 111a.C.- I d.C.) diferenciavam as imagens sensíveis das não sensíveis e passaram a usar a palavra imaginação para imagem interior;
os Epicuristas (sec. 111- 11a.C..) acreditavam na verdade das imagens por estas serem produzidas e tão somente por aquilo que existe. Estes conceitos cruzaram a Idade Média através de S. Tomás que os utiliza como forma de esclarecimento entre a natureza divina e a humana.
Na modernidade, estes conceitos mudam. Para Bacon (1561-1626) e Hobbes (1588-1679), a imagem passa a ser o ato de sentir, e o termo imagem passa a perder espaço para a designação ideia, inicialmente conceituada como essência, ideal ou modelo do que é multíplice, e logo depois em Descartes (1596-1650) e Wolff (1679-1754), a imagem ou ideia passa a ser vista como representação, por semelhança do objeto, representação de algo. Kant (1724-1804) a define como ato ou manifestação cognitiva independente de semelhança. Os termos "ideia" e "representação" persistem na filosofia contemporânea e o termo "imagem" hoje, encontra-se ligado ao caráter ou origem sensível das ideias ou representações de que o ser humano dispõe.
NOTA: AVARÉ, em tupi, significa amigo, padre, homem de preto, enquanto que ANGOERA significa imagem, espírito, fantasma e visão.
NOTA: Parte das informações desta postagem foi tirada da rede e do trabalho de pesquisa de doutorado para o Departamento de Artes & Design da PUC-Rio de João Eduardo Chagas Sobral, docente da UNIVILLE.