domingo, 21 de agosto de 2011

REPRESENTAÇÃO: Sentidos


O uso do termo representação vem dos escolásticosPara S.Tomás de
Aquino (1226-1274) a representação era aquilo que continha a semelhança do
representado. Ocktham (1300-1349) distinguia três significados fundamentais: a
ideia, no sentido mais geral; a imagem; e o próprio objeto, já que "... por
representar entende-se causar o conhecimento do mesmo modo como o objeto
causa o conhecimento."


O conceito de representação ou ideia ao longo dos séculos se confunde
com o de imagem. Imagens não eram, para Platão, o resultado da percepção,
mas tinham sua origem na própria alma. Aristóteles, por outro lado, dava às
imagens um significado maior no processo do pensamento e defendia a tese de
que "o pensamento é impossível sem imagens."


Para Aristóteles, as imagens eram coisas sensíveis, porém sem matéria.
Existiam duas formas pelas quais as imagens se produziam: por meio da
imaginação ou através da sensação ou percepção. Os epicuristas (séc.11 a.C.)
aceitavam as imagens como verdades, pois estas eram produzidas pelas coisas.


Para Sartre (1980, p.120) "Não há, não poderia haver imagens na consciência. Mas a imagem é certo tipo de consciência. A imagem é um ato e não uma coisa. A imagem é consciência de alguma coisa." Portanto, é a substituição de algo.
Santaella & Nöth (1999, p.15) relacionam a representação visual com a imagem mental "Não há imagens como representação visuais que não tenham surgido de imagens na mente daqueles que as produziram, do mesmo modo que não há imagens mentais que não tenham alguma origem no mundo concreto dos objetos visuais", colocando assim as questões básicas inerentes a imagem nas representações.


O poder de persuasão da imagem ganha novas dimensões com o desenvolvimento tecnológico da reprodução de imagens.
Antes do surgimento da xilogravura e da gravura em metal na Idade Média, os únicos processos de reprodução técnica conhecidos era o de cunhar e fundir. A produção icônica se caracterizava pelo seu caráter individual.


Com o surgimento da gravura e posteriormente da imprensa este papel começa a mudar, tornando possíveis as reproduções de desenhos e posteriormente a produção de livros impressos, rompendo assim pela primeira vez na história, o bloqueio da comunicação gráfica.


Com o surgimento da litografia no final do século XVIII, o poder de reprodução da imagem é ampliado. Esta técnica apresentava grandes vantagens sobre as precedentes. Os artistas podiam realizar seus desenhos diretamente sobre a pedra, sem a ajuda de um técnico gravador, conservando a expressividade do traço e reduzindo o tempo de produção.


No início do século XIX estas vantagens se ampliam com a fotografia, que agora permitia a apreensão da imagem de forma direta sem a necessidade de processos artesanais. Com ela dá-se inicio também a época da reprodutividade técnica de massa, que provocou uma compreensão da diferença entre Informação e expressão visual "...a fotografia e os processos fotográficos se apoderaram da informação visual, arrebatando-as das mãos dos gravadores de interpretações, e os artistas liberam-se de toda a exigência de verossimilidade em suas formas de expressão.

Para escolásticos, ver: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:2YIuXgN7rGsJ:www.infoescola.com/filosofia/escolastica/+escol%C3%A1sticos&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&client=qsb-win&source=www.google.com.br
Para epicuristas, ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Epicurismo


NOTA: Parte das informações desta postagem foi tirada da rede e do trabalho de pesquisa de doutorado para o Departamento de Artes & Design da PUC-Rio de João Eduardo Chagas Sobral, docente da UNIVILLE.

Nenhum comentário:

Postar um comentário